domingo, 27 de setembro de 2009

MITOSE

O processo que permite que um núcleo que um núcleo se divida originando dois núcleos-filhos, cada um contendo uma cópia de todos os cromossomas do núcleo original e, consequentemente, de toda a informação genética, designa-se mitose.

Depois de uma célula se dividir, é necessário algum tempo até que esta célula esteja pronta para uma nova divisão, reiniciando-se todo este processo. A esta alternância de períodos de divisão e períodos de não divisão chama-se ciclo celular que compreende a mitose e o tempo que decorre até outra mitose (interfase – período mais longo onde a célula procede à síntese de diversos constituintes que conduz ao crescimento e à maturação).

A interfase compreende três fases: G1, S e G¬2.
Durante a fase G1 são produzidas moléculas de RNA, a partir da informação do DNA, para sintetizar proteínas, lípidos e glícidos.

Durante o período S acontece a replicação semiconservativa do DNA originando duas moléculas filhas idênticas. Às novas moléculas de DNA associam-se histonas formando-se cromossomas constituídos por dois cromatídeos ligados pelo centrómero.

O período G2 tem lugar após a replicação do DNA e antes de ter início a divisão nuclear. Verifica-se a síntese de mais proteínas, bem como a produção de estruturas membranares, a partir das moléculas sintetizadas em G1, que serão utilizadas nas células-filhas. Após a interfase, inicia-se a mitose, período durante o qual o núcleo da célula experimenta um conjunto de transformações que culminam com a sua divisão.



A mitose divide-se em 4 fases: profase, metafase, anafase e telofase.

A profase é a fase mais longa da mitose e envolve enrolamento dos cromossomas, tornando-os progressivamente mais condensados, curtos e grossos. Forma-se também o fuso acromático (é formado por feixes de fibrilas de microtúbulos proteicos) entre os centrossomas que se afastaram para pólos opostos. No final desta fase, os nucléolos desaparecem e o invólucro nuclear desagrega-se.

Na metafase os cromossomas apresentam a sua máxima condensação. Os cromossomas, ligados ao fuso acromático, dispõem-.se no plano equatorial da célula, formando a placa equatorial. Os centrómeros encontram-se voltados para o centro do plano equatorial, enquanto que os braços dos cromossomas voltam-se para fora deste plano.

O rompimento do centrómero verifica-se na anafase, separando-se os dois cromatídeos que constituíam cada um dos cromossomas. Inicia-se a ascensão polar dos cromossomas ao longo das fibrilas dos microtúbulos. No final, cada pólo da célula possui um conjunto de cromossomas (constituídos por um só cromatídeo) exactamente igual.

A organização dos núcleos-filhos acontece na telofase formando-se um invólucro nuclear em redor dos cromossomas de cada um. Os cromossomas iniciam um processo de descondensação desorganizando-se as fibrilas do fuso acromático. A mitose termina possuindo a célula dois núcleos.

A mitose nuclear é acompanhada pela citocinese (divisão do citoplasma) completando-se a divisão celular que origina duas células-filhas.
Nas células-animais a citocinese ocorre por estrangulamento do citoplasma que se deve à progressiva contracção de microfibrilas proteicas, que conduzem à divisão da célula-mãe em duas células-filhas.

Nas células-vegetais, a existência de parede esquelética não permite a citocinese por estrangulamento. Assim, verifica-se que vesículas resultantes do Complexo de Golgi, contendo celulose, outros polissacarídeos e proteínas, são depositadas na região equatorial da célula devido à acção orientadora de microtúbulos que se formam entre os dois pólos celulares. Estas biomoléculas, originam uma lamela mediana, que se torna visível na telofase. A deposição de celulose na lamela mediana vai originar uma parede celular, que se começa a formar do centro para a periferia da célula. Quando esta atinge a parede da célula-mãe, completa-se a divisão em duas células-filhas.

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